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Open Source Initiative

Categoria: organização
Contexto organizacional: OSI
Sede: Palo Alto, Califórnia (início) USA
Suporte: ISSN International Centre
​URL: https://opensource.org/history
Relacionado com: Open source
Assuntos: software livre, licenças

Mais sobre este item:

OSI é um movimento que pode compreender-se como alternativa a um quadro demasiado rígido estabelecido pelas grandes empresas de software. Somos levados aos anos 90, à Califórnia, onde estão as sedes da Microsoft e de outras grandes empresas e ao inspirador do movimento do software livre, Richard Stallman. Obviamente, há um espírito anti-stablishment. Paralelamente, alguns autores, com destaque para Bruce Perens, desenvolveram uma argumentação em favor do software aberto  que começou por mostrar ter todo o sentido.

Abrindo algumas brechas legais, Eric Raymond e Bruce Perens, fundadores do OSI, conseguiram romper a exclusividade que as grandes empresas de software tinham perante os produtores de hardware .  Estes começaram a poder produzir hardware livre de encargos para com qualquer empresa de software. Sobre esta base, isenta de royalties, os desenvolvedores do open source podiam criar sistemas completos. Outro feito do movimento OSI foi a criação de uma licença pública, que determina fundamentalmente a obrigação de qualquer desenvolvimento do código manter-se aberto e sem alterações.

Nos Estados Unidos, a Netscape, que estava a perder terreno para a Microsoft, decidiu adoptar a estratégia do open source para o seu browser, o que se revelou ser muito eficaz. Ao abrir o código, permitiu recolher o contributo de muitos desenvolvedores. A partir daqui, muitas marcas começaram a fazer o mesmo para alguns produtos.

Não foi só nos Estados Unidos, que a ideia de desenvolver software fora do âmbito das grandes companhias vingou. Na Finlândia, Linus Torvalds reescreveu um sistema operativo baseado no Unix, divulgou o código e deu origem a uma rede espontânea de desenvolvedores que o aperfeiçoaram. O Linux é o primeiro sistema operativo com o código aberto, o que gerou um novo movimento de criatividade entre desenvolvedores. Nasceram também quadros de licenciamento para utilização livre ou sob algumas condições.

Por vezes, confunde-se software aberto com o software livre e gratuito. Nem todo é livre e nem todo é gratuito. A partir do Linux, desenvolveram-se implementações particulares ou especializadas para determinados fins. O Red Hat, de Michael Tiemann, foi a primeira versão comercial do Linux. Actualmente, existem dezenas de implementações onde se identificam vários tipos de motivações: técnicas, estratégicas, ideológicas, culturais, beneméritas.

O argumento da transparência e da segurança é o mais forte, na defesa da utilização de software open source. Estas razões são invocadas, sobretudo, junto de instituições públicas, desde logo as do Estado, as da adminstração pública e as que tutelam património cultural. A principal fragilidade do open source é a dificuldade em garantir a manutenção dos sistemas, que exigem infraestruturas e sobretudo recursos humanos especializados que, por vezes, o Estado não consegue prover. Em sistemas críticos, como por exemplo, as Finanças ou a Justiça, qualquer falha no suporte pode trazer consequências graves. A decisão entre a transparência do software livre e a garantia de suporte é um equilíbrio difícil de manter.

 

Ver também:

Impacto do Linux: https://www.youtube.com/watch?v=iBVgcjhYV2A

 

Hadhoop - Mais recentemente a criação do Hadoop, uma arquitectura de sistema que permite a manipulação de quantidades gigantescas de informação  (Big Data), desenvolvida em open source, com base  no Map Reduce da Google, é um novo episódio na história do open source. Ver entrevista com Doug Cutting, onde se comentam não apenas questões técnicas, mas sobretudo questões de perspectiva sobre a informação e a sociedade: https://youtu.be/0GOxDBR6VAU  

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Revisto em: 20 Agosto de 2016

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